macro
te vi bem de perto
e apertei os olhos para ver melhor
troquei a lente e te vendo tão
quase fui tua
pele
vi o que não via
o que não estava
o que não parecia fazer parte
vi um detalhe da vida
que nem por vida se passava
depois fugiste do foco:
uma interrupção
um sequestro
um corte desconcertante
do in para o out
saíste atrás de liras e fumaças
e eu abri meus olhos
porque olhar de perto cega o resto
e o resto era nada
e a visão ficou desfocada
e a lente suja
e a vida pouca
voltei para casa embaçada,
míope de mim
ver era doer o mundo
o mundo doendo nos meus olhos
fechei-me em sono
porque se é pra dormir sozinha
prefiro o silêncio.
e apertei os olhos para ver melhor
troquei a lente e te vendo tão
quase fui tua
pele
vi o que não via
o que não estava
o que não parecia fazer parte
vi um detalhe da vida
que nem por vida se passava
depois fugiste do foco:
uma interrupção
um sequestro
um corte desconcertante
do in para o out
saíste atrás de liras e fumaças
e eu abri meus olhos
porque olhar de perto cega o resto
e o resto era nada
e a visão ficou desfocada
e a lente suja
e a vida pouca
voltei para casa embaçada,
míope de mim
ver era doer o mundo
o mundo doendo nos meus olhos
fechei-me em sono
porque se é pra dormir sozinha
prefiro o silêncio.
1 Comments:
Glau, confesso que ja fez um tempinho que eu nao visitei teu blog...foi um erro !!!
Sua sensibilidade poetica é maravilhosa. Voce percebe e faz visivel o invisivel... ajuda a gente ganhar uma visao nova sobre a vida.
Artista mesmo.
Beijo
By Anônimo, at 4:39 PM
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