cafundó

17 dezembro, 2005

corpo

escrever nomedele no corpo era para trazer à superfície o que não vinha. era dar forma à vida que explodia. um dia ela escreveu e aquilo era uma estratégia de sobrevivência. só lhe restava o corpo. sabia que nao seria lido e que se fosse lido ia ser palavra estrangeira [zoï], nao ia ser entendido. mas e se ele entendesse? essa era a esperança que ela tinha, por isso desfilava nua diante dos seus olhos.